Em 1977, você estava com apenas 17 anos.

Alongamos nosso olhar ao passado não muito distante e contemplamos o seu ser todo projetado na "Shenzalla Discotheque", de meu irmão Kali.

Nossos pincéis poéticos, agora, matizam você Yves! Matizam aquele seu ser que impregnava a aura da "Shenzalla Discotheque". É aquele Yves que retratamos na Tela Viva da Vida.

Não poderíamos jamais falar sobre você, matizando-o em outras telas, que não seja a tela da "Shenzalla"!

Realmente, são quadros que estão todos inteiros em nossa terra interior. E falar sobre você, não é somente porque deixou este plano físico! Mas sim porque quando vamos e voltamos, no eterno ir e vir, esbarramos sempre no esquecimento da hora que chega e chegará para todos nós.

Ao mesmo tempo em que pensamos que você poderia ainda estar pisando este chão de todos nós - terrestres. Quereríamos nós, podermos segurar as Asas da Reintegração, para que você ficasse ainda um pouco mais com todos nós. Mas percebemos que chega até a ser heresia para com o Grande Pae, porque no Livro do Ciclo da Evolução, a contagem divina é diferente da nossa. E como poderíamos impedir que a sua ida tenha acontecido? O Pae sabe o dia e a hora, e nós só podemos e devemos curvarmo-nos aos Desígnios de Sua Lei!

Por isso, é imensamente gratificante para nós, falarmos com suavidade e não sombriamente sobre você, que era um símbolo de alegria, dinamismo e tão eletrizante em seu corre-corre!

É o Yves da "Shenzalla"! Porque projeta-se nos jardins de nossa poesia, e nós só podemos transmutá-lo Yves, no Grande Visor do Outro Lado da Vida, procurando colorir a sua imagem o mais real que nos é possível. Ah, Yves!... Como você tratava-nos tão bem! E há aquela vez quando encontramo-nos num Banco, e você pousara a su mão de irmãozinho em nosso ombro e dissera: -"Tudo bem Aninha?!"

É o Yves que agora já está eternizado e identificado em sua imagem por detrás das Nèvoas. A sua imagem que nossa poesia soube e sabe arquivar1 Perfil inteiro de você, Yves, impregnado de ritmo acelerado dos seus arrebatados 17 anos!

É o Yves da "Shenzalla", porque mesmo que tudo poderia não ter significado algum, e a vida rotineira marchando para a frente, testemunhávamos nós, a poetisa, você indo e vindo no corre-corre< porque naquela precisa época, era o que você estava vivendo e com muita intensidade!

Nossa poesia contempla você - querido *irmãozinho* e sentimos como é compensador saber que num momento feliz de radiosa inspiração eternizamos o seu nome como um dos musos de nosso poema: "Maringá - suas belezas naturais e os seus inspiradores seres", que está contido em nosso primeiro livro "Sussurros e exalações" - poemas. Lá está o seu nome: Yves Aristides Toregeani!

Compreendemos como nosso humanismo soube captar o enorme ser humano tão puro que você sempre foi! Nos jardins de nossa alma está a sua imagem, porém no Cenário da "Shenzalla", porque você foi puro entusiasmo, que imprimia naquelas telas a Vida mostrando-nos toda sua força e grandeza!

No dia 15 de janeiro de 1994, você deixou o Plano da Face Terrestre e rumou para as Estrelas, para as Estradas do Paraiso, que em determinadas épocas esperavpor todos nós.

Você empreendeu a viagem de volta e o que fica gravado, enaltecido em telas de vivências plenas, é o que podemo-nos apegar e ficarmos em contato, pois o que foi cimentado desvela também para o Amanhã, fazendo com que olhemos a vida passando quase que indelevelmente!

Por isso, seus passos na Face Terrestre, numa etapa radiante ancorou tudo aquilo que você foi, é e sempre será! Nada pode desmanchar a Mâo do Tempo embelezando sua vida, mesmo sendo vida provisória, porém que descortina-nos horizontes em seu viver agora do Outro Lado das Estrelas, a que todos devemos apegarmos.

Ah, Yves, é a síntese de tudo e as captações de sua imagem nas Névoas Brancas, que agora o envolvem em sua nova esfera de atividade, dentro dos Planos Divinos do Pae, mostrando-nos a continuidade até que reencontremo-nos todos um dia nos Jardins do Étéreo!

*ANINHA CALIGIURI*